Essa pequena sigla não representa apenas um estilo, vindo originalmente da Inglaterra, ela retrata um símbolo, representa todo um movimento que fez com que as cervejas especiais/artesanais tomassem o mundo, principalmente porque era uma resposta às cervejas pálidas, translúcidas e sem expressão que tomaram conta do mercado cervejeiro no pós-guerra.
Quando falamos em cerveja IPA, o que esperamos encontrar? Se você respondeu qualquer coisa diferente de “lúpulo”, está precisando beber melhor… Lúpulo é uma florzinha maravilhosa: quando pensamos nele a primeira coisa que nos vem à cabeça sobre é amargor e aroma, mas essas só são duas das três funções do lúpulo, usado inicialmente no século XI pela freira Hildegard Von Bingen por conta da função de conservação da cerveja. Daí por diante as IPAs, conhecidas por quantidades maiores de lúpulo, crescem envoltas em místicas e mistérios. Reza a lenda que no período em que a Inglaterra colonizou parte da Índia no século XVII, pela necessidade de conservar a cerveja durante longas viagens de navio do Reino Unido até a Índias Orientais (daí a origem do nome India Pale Ale), era adicionada uma carga muito maior de lúpulo na receita. Em contrapartida, alguns historiadores afirmam que essa história não passa de lenda, pois existem registros históricos anteriores à colonização que mostram que este estilo de cerveja era uma versão mais intensa da clássica Pale Ale consumida na Inglaterra.
Seja como for, as IPAs estão presentes no mundo inteiro e variações deste estilo costumam surgir em todos os lugares, sobretudo por conta do terroir do lúpulo (zonas onde são cultivados lúpulos adequados para produção de cerveja), que trazem perfis completamente diferentes à esta bebida.

4 HARMONIZAÇÕES COM CERVEJAS IPAS

IPA